Alegoria à Constituição

Domingos Sequeira foi um dos pintores mais importantes do estilo neoclassico em Portugal. Entre várias obras a Alegoria à Constituição foi uma das que realizou onde apresenta o seu estilo livre e inovador, através das formas muito diluídas como as personagens, que não apresentam contornos rigorosos nenhuns, representa a cena mais importante com a luminosidade, neste caso a personagem que está vestida de branco que representa a liberdade e o altar que se encontra atrás dela. Esta obra não apresenta grandes detalhes mas transmite-nos uma cena um pouco dramática bem representada na figuras que estão à volta do altar.

Alegoria à Constituição

Psiché Reanimada pelo Beijo do Amor

Canova foi o criador deste Beijo de Amor, através de uma beleza ideal criou uma obra idealmente neoclassica. Baseou-se na escultura Grega e começou por criar estas personagens ideais com sensualidade e simplicidade. Rostos serenos e gestos delicados predominantes da arte desta época representa os minuciosos pregueados das roupas, a macieza da pele e a rugusidade dos caracóis do cabelo e das asas do anjo.
Esta escultura de tema mitológico representa Psiché adormecida por perfumes mortais acordando com um beijo de amor.

Psiché reanimada pelo Beijo do Amor

Psiché Reanimada pelo Beijo do Amor, vista à retaguarda

Palácio da Ajuda

A Palácio da Ajuda apresenta um edifício Português do estilio rococó.
Representa esta arquitectura com influências clássicas através de um pórtico colunado e com arcos de volta perfeita, um frontão triangular com um pequeno relevo, o entablamento, e muitas janelas na fachada, esta acaba por representar a horizontalidade e a simplicidade das linhas, e um edifício de dois pisos. Todas estas características nos levam a edentificar este edifício como neoclassico principalmente a horizontalidade, a simplicidade e o uso de colunas que nos remete para as influências clássicas. 





Palácio de Queluz

A Sala do Trono no Palácio de Queluz é um exemplo do rococó em Portugal.
Com uma planta oval representa este estilo com cores claras como os brancos e pormenores de vegetações dourados aliando-se assim à escultura e à pintura através das pinturas que tem nos tectos.
Os espaços interiores rococós eram muito iluminados pelas grandes janelas, a luz incidia através delas nos espelhos criando mais luminosidade e também através dos lustres.

Sala do Trono no Palácio de Queluz

 

O Baloiço

O Baloiço é uma pintura rococó do pintor Fragonard.
Esta obra representa muito bem o espiríto deste estilo, onde o tema profano com um certo erotismo criado pela maneira como os senhores obseravam a menina que sentada no baloiço deixa o seu sapato voar de uma forma muito suave. A personagem principal, a menina, é envolvida pela natureza tendo esta um tom mais escuro e a personagem um rosa para captar o olhar do observador. Esta pintura representa todas as figuras com rostos serenos e gestos delicados, a sensualidade das personagens e os jardins são representados tal e qual a época, com estátuas e árvores.
Os cromatismo dão grande dinamismo à pintura pois criam uma ligação entre as sombras do vestido e a cor e a luz que incide nele.

O Baloiço

O Século XVIII

Foi no século XVIII que surgiram dois estilos denominados por rococó e neoclassico. Estes dois estilos suavizaram muito mais o anterior, o barroco.
O rococó em relação ao barroco utilizou linhas mais livres e sensuais, o estilo teatral e o ritmo entres as cores e a luz nos espaços interiores. Foi no rococó que surgiram as artes menores, isto eram objectos de joalharia, mobiliário, as cerâmicas, a tapeçaria e a ferraria.
O neoclassico surgiu pelo aproveitamento das coisas unificando-as , sendo considerado um estilo ainda mais simples que se baseou em linhas da antiguidade clássica, fez edificios onde a clareza, a serenidade, e a monumentalidade dos movimentos criam um ritmo bem diferente dos outros estilos. 



Cerâmica do rococó



Interior de uma sala rococó em Versalhes



Gliptoteca de Munique, edifício neoclassico

A Arte Barroca

A Pintura de Vermeer

Vermeer foi um grande pintor do Barroco.
Ele procurava pintar cenas de género onde a representação da mulher observada de fora para dentro, a personagem solitária e a sua intimidade são representadas através da minúcia dos pormenores, do contraste de luz através da janela, no uso do branco, amarelo, azul, do vermelho que interpretamos como o símbolo do amor e cores naturais, as personagens são muito expressivas e serenas, nos seus quadros as linhas do horizonte baixam ligeiramente.  

A Pesagem Das Pérolas

A Leiteira

Jovem com um jarro de água

Plutão e Proserpina

Bernini

Bernini foi um dos grandes escultores e arquitetos do Período Barroco, nasceu em Nápoles em 1598  mas foi em Roma que se afirmou como um verdadeiro artista.
Nas suas esculturas a captação do momento é uma das características que ele usa, assim como na escultura de Plutão e Proserpina, de tema mitológico onde trata o rapto da deusa do reino das sombras, Proserpina, atrás deles encontra-se um cão com duas cabeças que remete ainda mais para este tema. Esta escultura, feita em mármore, é muito real e tem muito movimento, nota-se as mãos a cravar na pele da Deusa, a expressividade na sua cara pois está aflita e nos músculos de Plutão, a rugosidade dos cabelos e da barba, e a macieza das peles. Estas são as características mais evidentes na escultura do Barroco de Bernini.

Plutão e Proserpina

Igreja de Santa Clara

 A arquitetura barroca consiste principalmente na luxuosidade, no exagero, na aliança entre a escultura, a pintura e os jogos de água.

A Igreja de Santa Clara no Porto, ainda com algumas influências do gótico, tem uma decoração interior, que transmite sem dúvida, as características do Barroco Português. Esta foi fundada por D. João I em 1416 e concluída em 1457, mais tarde foi modificada no século XVII e XVIII.

Estão nela presentes a aliança entre a escultura (como os santos) e a pintura (no teto), os pormenores, os nichos, a talha dourada que representa a luxuosidade e é uma característica genuína do barroco em Portugal, as abóbadas como elemento de cobertura, e no altar mor as colunas torsas, no exterior a fachada lateral da igreja também tem algumas características barrocas como as colunas jónicas e torsas e os nichos com os santos.

Interior da Igreja de Santa Clara

Fachada lateral da Igreja de Santa Clara

Luís XIV

Luís XIV é um dos Reis mais conhecidos que governou França com o poder absoluto. Era uma pessoa complexa, orgulhosa e enfatuada, sôfrega de fausto e prazeres, um trabalhador consciente e paciente. Mandou construir o palácio de Versalhes vivendo rodeado de luxo, era o centro das atenções, sendo considerado um objeto de culto e adoração.
Governou França restringindo os poderes dos privilegiados, organizou um aparelho político administrativo e patrocinou academias. Na religião perseguiu Jansenistas e protestantes e tentou impor a sua vontade à Santa Sé. Também quis repor as fronteiras naturais do Reino.
Luís XIV dominou politicamente e economicamente os seus parceiros Europeus e conheceu nas letras e nas artes um dos momentos mais brilhantes que fez da cultura e da civilização francesa modelos copiados em toda a Europa.

A corte, a igreja e a academia foram consideradas os palcos no tempo do absolutismo, onde o tema do espetáculo era a representação dos poderes do rei. Havia a corte de Versalhes onde o ator principal era Luís XIV e onde se realizavam as festas religiosas e laicas. A igreja não era a arma contra os protestantes utilizada pelo Rei e pelo Clero, a arte era ao serviço da igreja, o objetivo da igreja era obter um palco cheio de sensações e de arrebatamentos cenográficos. Havia as academias Francesas onde a pintura e a escultura de paris, a dança, a música e a ciência eram o real.  O teatro e a ópera são representados em locais amplos e ao ar livre, ou em salas com boas condições acústicas e complexos cenários. Havia o gosto pelo espétaculo, pela cenografia, pela sumptuosidade, pela associação musical, o conto e a representação gramática.

Luís XIV

O Antigo Regime

O Antigo Regime vai desde 1618 a 1714, este período foi influenciado por uma aura literária, e pelo luxo das cortes, é denominado "O Grande Século". 

Considerado como uma época de crise económica, espiritual, política e religiosa como a Guerra dos Trinta Anos, uma guerra entre a nobreza protestante da boémia e os católicos de Habsburgo que degenerou numa guerra europeia com a intervenção de França e Suécia. A Paz de Vestefália pôs fim a este conflito dando a supremacia à França. No Antigo Regime o objetivo da economia era aumentar as exportações para aumentar o ouro no cofre dos estados (mercantilismo), viviam numa sociedade de ordens, ou seja, havia o 3ºestado que não tinha privilégios e trabalhavam para sustentar o clero, a nobreza e o rei. Politicamente governava-se através do poder absoluto, onde o poder estava todo concentrada no rei sendo este de origem divina.

Sociedade de ordens, 3º Estado

A arte

A Arte é uma manifestação de criatividade. 

 

Antes do século XIX as obras eram por encomenda, havia mais limites, mais regras e pouca liberdade, eram mais racionais e consistiam na busca pelo belo.

Depois do século XIX a obra nasce da alma, havia mais liberdade de expressão conforme o espírito do artista, este, mais autónomo e mais inovador, o público é mais ativo, a obra ganha um estilo próprio e também o valor do mercado onde o artista tem que procurar o seu público.